Insônia

Acordei chorando ontem. Chorei por tudo aquilo que não fui (por tudo aquilo que não pude ser). É certo que fechei os olhos na tentativa explícita de sonhar. Acreditei que eles, os sonhos, só pudessem ser encontrados naquele estado cego, naquela vertigem que impediria, por fim, o ego de me controlar. Pensei que abria osContinuar lendo “Insônia”

Vertigens

De uma só vez. Por uma só voz meu coração batia em ritmo de tango. A qualquer instante ele poderia parar, desistir de sufocar o pranto e irromper num choro de lágrimas de sangue, compulsivo. Daí a pouco, uma valsa para um suicídio. Não mais meu canto, não mais meu riso. Daí a pouco nadaContinuar lendo “Vertigens”