Acordei chorando ontem. Chorei por tudo aquilo que não fui (por tudo aquilo que não pude ser). É certo que fechei os olhos na tentativa explícita de sonhar. Acreditei que eles, os sonhos, só pudessem ser encontrados naquele estado cego, naquela vertigem que impediria, por fim, o ego de me controlar. Pensei que abria osContinuar lendo “Insônia”
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Verbo Caído
Nunca vou me esquecer da chuva daquela tarde. Não era apenas ela que caía. Eu também me diluía, gota a gota, carne-viva escorrendo pelas grades dos esgotos. Parecia fácil, não fosse a dor que me tomava a cada gole que a terra bebia impiedosamente, sedentamente, rigorosa. Depois de me atirar em vários moinhos, resolvi nãoContinuar lendo “Verbo Caído”